manhã no rio - histórias que adivinham

manhã no rio
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andava algo por baixo da pele. uma energia que fazia levantar os olhos e os pêlos. voltei-me, mas era apenas uma moça com um ar de coitadinha que pedia que não a vissem e eu olhei através dela para a água que puxava tudo para o mar naquela hora. havia algo mais por ali que eu não via.
no dia anterior as cartas do tarot tinham se deitado sobre a mesa que ia servir para o almoço e já não recordo a sequência correcta dos antes e dos depois, mas lembro-me que tinhas me aberto a vida e eu deixei seguires, sem me lembrar bem já do que lá vinha, esperando que te aguentasses.

pois

sabes que vinha a pensar algo que já pensei antes várias vezes, que o universo a passar é como um oráculo, podemos ler o universo que escorre na nossa frente como lemos as estrelas e as linhas das mãos e todas as outras cenas.

os adoradores

os adoradores
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Vão agradecer ver isto

passei por esta mensagem do SteffanAntonas: Feel like giving up? This short video will give you hope - via whiplashdesign ( http://www.whiplashdesign.com/Whiplash%20Blog/?p=104 )

e digo-vos que isto é mesmo muito bom.

Yoga World's Day 2009 - Dia Mundial do Yoga 2009

vibrando

vinha vibrante pela rua quando testemunho uma rapariga nova, entre os 16 e os vinte e pouco a espalhar-se ao comprido no meio da avenida que liga o marquês ao saldanha. tropeçou no separador central ao atravessar fora da passadeira e foi de cara ao chão espalhando tudo pelo meio da estrada. Levantou-se meio desorientada recolhendo ao separador e ficando indecisa a olhar para as suas coisas e os carros que entretanto se aproximavam. sangrava da boca e chorava. o carro da faixa mais perto dela parou antes das suas coisas e eu senti ali um sinal para ajudar e avancei fazendo sinal aos da segunda faixa para pararem indo ao encontro dela que entretanto já tinha começado a apanhar as coisas. Ajudei-a a levantar-se com as coisas enquanto estabelecia contacto com a voz perguntando se a podia ajudar. Ela disse que não, mas não resistiu e eu acompanhei-a até ao passeio amparando-a um pouco. Senti que era mais psicológico o meu apoio, mas achei que era mesmo assim importante. no passeio ela agradeceu-me e afastou-se e eu achei que ela estava minimamente bem para continuar por ela pedindo ajuda alguém que conhecesse e segui o meu caminho.

a vilma e seus amigos

o banco
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- és um multi, não é? - disse ele a dada altura assim pouco à vontade.
- eu diria que sim, se é que isso faz algum sentido. - respondi eu a sorrir, dando espaço para que ele continuasse.
- como é que isso aconteceu? foi há muito tempo? ...
- sim, eu respondo-te, mas antes disso, diz-me lá o que é para ti um multi.
- bem, não sei bem, mas acho que é uma pessoa que tem um relacionamento em grupo, com mais do que uma pessoa, certo?
- bem, na altura eu nem tinha ainda dado atenção ao que queriam dizer com isso. A Vilma. Ela conheceu-me numa festa de uma amiga comum em que tinha ido sózinha e mostrou logo muito abertamente estar interessada em mim. Adicionando ao facto de mostrar logo ser bastante interessante, aquela abordagem directa, clara, inequívoca e segura, deixou-me fascinado. Saímos juntos da festa e fomos para um bar sossegado que ela sugeriu, ocupar uma mesa num cantinho de uma sala com pouca gente na hora em que entrámos.
- eu gostava de ficar hoje contigo, mas quero te perguntar primeiro se preferes ter já uma conversa séria ou se deixamos eventualmente para depois se continuarmos interessados. - disse ela pouco depois de terem chegado as bebidas que tinhamos pedido.
- bem, não sei qual a natureza dessa conversa, mas já que falaste no assunto acho que prefiro que seja agora.
- por mim está bem, tanto me faz, pois a tua reacção não vai alterar a minha vontade de estar contigo, pelo que será apenas por ti. no entanto se deixares para depois, sugiro que não te envolvas muito antes desta conversa acontecer.

escrever uma ideia no computador

banana on yogurt
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não parta logo para o pc, escreva primeiro numa folha de papel pelo menos uma ou duas palavras que lhe lembre o que estava a pensar. se teimar em ir directo para o pc há uma forte possibilidade de que quando finalmente tiver a janela onde vai escrever aberta, já se esqueceu da coisa, depois ter passado pelo email que entretanto surgiu e ou pelo amigo que apareceu no messenger e a seguir tem as noticias e ver se há comentários na sua página ou se algum dos seus amigos actualizou o blog, ou...

bem, pelo menos foi o que me acabou de acontecer, até me lembro que era algo simples e curto, mas interessante de que até estava orgulhoso de ter pensado, mas já não chego lá.

pena! :(

e perguntava-lhes: o que acham?

que exagero
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estive quase para me aproximar da mesa delas e perguntar se as incomodava eu me sentar por breve instante e lhes colocar uma questão. Eram cinco e as duas que estavam viradas para o lado da minha mesa já me tinham visto a observa-las.

se não houvesse uma rejeição clara, sentar-me ia e diria: imaginem que eu tenho uma amiga de quem por vezes estou muito próximo e que ela tem um grupo de amigas tal como o vosso e receia partilhar com elas a sua proximidade comigo. Muito menos me apresentar a elas.

Pois, acabei por não o fazer, mas fiquei a imaginar o efeito de tal intervenção. Imaginei que haveria logo pelo menos uma ou duas que iriam rapidamente especular se eu não teria realmente alguma coisa a ver com alguma das outras e olhariam umas para as outras a tentar sondar a ver se descobriam qual pelas reacções.

Ai perguntaria o que elas achavam disso e essa é a parte que tenho mais pena de perder por não ter agido, gostava mesmo de saber o que elas diriam.