um homem

dedo foi só para focar
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um homem um dia ia a andar no seu presente momento quando distraído tropeçou numa pedra e caiu para a frente directamente para o futuro. Durante duas semanas ninguém o viu. Contou depois que tinha estado esse tempo todo a tentar voltar ao presente, mas devido à dificuldade com que estava receava que desse um impulso superior ao necessário que o catapultasse logo para o passado sem que se conseguisse equilibrar. Vinha mais velho e frequentemente se queixava de sensações de déjà vu.

The Girl Effect

vale a pena!

é possivel dobrar o jogo?

é possivel dobrar o jogo?
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oferecer pão ao padeiro? tirar o bombeiro das chamas? salvar cristo da cruz? tranquilizar Buda?

1896!
Daquelas coisas estranhas que nos acontecem, estava a tentar tirar o telemóvel do silêncio depois do cinema carregando na tecla # quando não sei como os meus dedos se atrapalham sobre o teclado e aparece por segundos antes de eu carregar automaticamente no cancelar o numero 1896, pensei na minha avó materna Eva pois ela nasceu num ano assim, no fim do século 19, por acaso acho que foi no ano seguinte, mas bem podia ter nascido nesse e só a registarem no ano seguinte. redobrei a minha atenção pelo que acontecia à minha volta tentado encontrar algo que me desse um sinal especial q se juntasse a este número e me permitisse compreender. Nada suficientemente forte para a minha fraca percepção.
Desisti e deambulando entrei na livraria atraido por ver o rosto do Paul Auster pendurado no teto. Uma mulher aparentemente mais velha que eu andava pela livraria e cruzou por mim saindo da loja, senti alguma curiosidade pela personagem pois tinha um ar descontraído, a roçar o Hippie, com uma tatuagem no ombro de lado, não demasiado grande. Mas não saiu logo, ainda se demorou por uns livros perto da saida e eu resolvo-me a olhar tb para uns livros mais há frente, tentando ver e ser visto sem dar a entender claramente que o estava a fazer. E lá estava acidentalmente eu a olhar precisamente para a prateleira do paul auster, escolhi levantar um deles lendo a contracapa e percebi que era uma novela grafica basiada num livro dele, resolvi que devia comprar o livro, a mulher já tinha saido da loja, mas vi pelos vidros que estava a comprar comida no balcao em frente. comprei o livro e sai. Ela estava já sentada, tinha uma cerveja preta na frente e comia um pastel salgado qualquer. Fui ao mesmo balcão e pedi tb uma cerveja preta, juntei mais uma fatia de pisa. Peguei no tabuleiro e fui me sentar uma mesa mais à frente da dela uma fila ao lado meio de costas para ela mas de forma a que ela visse que eu estava a beber o mesmo. A minha vontade era ir falar com ela, mas decidi que esperaria que fosse ela a perceber a minha mensagem ultra subtil e improvável e a decidir vir falar comigo. Claro que li um capitulo quase inteiro do livro que levava comigo, não o do Auster, e vim me embora sem que algo acontecesse. Este foi o meu romance de hoje. :)

um livro a ler fortemente recomendado

um livro a ler fortemente recomendado
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acabo de prometer partilhar com quem me lê como foi a parte mais intensa da minha tarde de hoje e assim aqui vai: ouvi em discurso directo uma pessoa conhecida do publico português, a poucos metros de mim, falar sobre um livro com o seu autor ao lado dela. Aconteceu na feira do livro hoje e era a apresentação ao publico desse livro. E ela, que se apresentou como uma mulher com alguns anos de vida (ela dizia quantos mas julgo desnecessário a mim repeti-lo) inicialmente séptica perante a proposta do livro mostrava-se rendida. Meio a brincar mas muito a sério dizia que ia oferecer o livro a todas as suas amigas, tb o faria aos homens, mas que escolhia não o fazer pois achava melhor ser outro homem a faze-lo ou eles não o iriam ler. o livro estou a ler e chama-se "diz-me a verdade sobre o amor". uma pesquisa sobre isto no google será suficiente para saberem mais sobre ele, mas o que vos queria passar era esta esperiencia de ter sido conquistado, seduzido por uma mulher fascinante que soube passar muito bem e com graça o seu entusiamo pelo trabalho do homem que tinha a seu lado. fica aqui o meu apreço, obrigada Luísa Castel-Branco.

jedi

by jorgempf

Sempre pensei que se uma mensagem não tem força, poder suficiente, conteúdo capaz de entrar à velocidade da luz (ou do pensamento) pelos olhos a dentro e iluminar o nosso cérebro todo mesmo que transmitida por o menos provável dos sábios, mesmo que gaguejada, mesmo que sem sedução nem glamour, mesmo que no lugar menos atractivo, resumindo, mesmo que com todas as condições mais desfavoráveis imagináveis, essa mensagem não vale muito a pena ser transmitida.

Mas também tenho a ideia de que muitas vezes (quase sempre) temos na nossa mão a chave da porta que queremos abrir e teimamos em desesperar tentando rodar a maçaneta sem sequer tentar usar a chave porque simplesmente não acreditamos.

E dito isto tenho a dizer que acabo de ver duas vezes hoje o filme dos homens que maltratavam as cabras, na sessão das 16 e na das 22.

Bati assim o meu anterior recorde de criatividade a fazer coisas estranhas.

(Obi-Wan Kenobi do Episode III de 2005, muito bem escolhido)