sábado, 6 de junho de 2009

vibrando

vinha vibrante pela rua quando testemunho uma rapariga nova, entre os 16 e os vinte e pouco a espalhar-se ao comprido no meio da avenida que liga o marquês ao saldanha. tropeçou no separador central ao atravessar fora da passadeira e foi de cara ao chão espalhando tudo pelo meio da estrada. Levantou-se meio desorientada recolhendo ao separador e ficando indecisa a olhar para as suas coisas e os carros que entretanto se aproximavam. sangrava da boca e chorava. o carro da faixa mais perto dela parou antes das suas coisas e eu senti ali um sinal para ajudar e avancei fazendo sinal aos da segunda faixa para pararem indo ao encontro dela que entretanto já tinha começado a apanhar as coisas. Ajudei-a a levantar-se com as coisas enquanto estabelecia contacto com a voz perguntando se a podia ajudar. Ela disse que não, mas não resistiu e eu acompanhei-a até ao passeio amparando-a um pouco. Senti que era mais psicológico o meu apoio, mas achei que era mesmo assim importante. no passeio ela agradeceu-me e afastou-se e eu achei que ela estava minimamente bem para continuar por ela pedindo ajuda alguém que conhecesse e segui o meu caminho.